Tem um Normalzinho dentro de mim. Ele me cobra meus prazos, e não aceita desculpas como estar acontecendo a maior tragédia da humanidade durante a minha curta existência. Normalzinho quer que eu faça um projeto de pesquisa para segunda-feira, sem falta. Quer que eu termine aquele artigo do Congresso que foi cancelado, afinal, falta tão pouco, ainda podia rolar uma publicação numa revista Qualis A1 nesses tempos em que estou parada. Ele me quer youtuber, editando vídeo-aulas mirabolantes. Vive me dizendo que estou feia, passando na cara as muitas gentes por aí que pintam o cabelo e são os atletas da quarentena. Normalzinho quer respostas: até quando? Como? Por quê não? Eu o expulso de mim, mas ele volta e muitas vezes me derrota.
Elas me caem de surpresa, não sei de onde. Quando menos espero, pulam em forma de contos, pequenas crônicas ou controversas opiniões. Às vezes nem posso com elas, mas não querem nem saber: as palavras saltam das minhas mãos. Se não agradam, a culpa é toda delas.
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O nobre professor
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