Circulou no WhatsApp um vídeo engraçadinho, desses que nos aliviam da tragédia atual. Nele, um jovem senhor compara o coronavírus ao Ricardão. “Se você ficar em casa, ele não vem!”, eis a mensagem, recado ou alerta.
Reconhecendo o genial incentivo popular ao isolamento social, devo trazer alguns elementos para enriquecer o debate. Trata-se das tão faladas ferramentas digitais, que hoje possibilitam de um tudo. Videoconferências reúnem dezenas de pessoas para o trabalho ou para uma festa de aniversário; plataformas digitais realizam desde plenárias do Congresso Nacional até sessões de terapia; mesmo os protestos estão hoje acontecendo por meio de lives do YouTube.
Então, o que dizer do preocupante chifre digital ou a distância? Certamente continua sendo algo que o sujeito coloca na própria cabeça, mas, em tempos de fragilidade emocional e ansiedade generalizada, a questão merece ser discutida com cuidado. Em analogia ao difundido jargão dos anos 90, “selinho não é gaia”, com muito mais razão podemos amenizar o sofrimento daqueles que enfrentam este problema.
Se estas linhas foram escritas para você, recomendo que tenha calma, deixe a questão um pouco de lado e aguarde a quarentena passar. Postergue. Depois disso, caso a situação persista e evolua para a modalidade presencial, você terá mais condições emocionais e práticas de pensar no que fazer. Saiba também que as ferramentas digitais estão à disposição para o uso de todas e todos, indiscriminadamente.
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